A primeira vez que
ouvi falar de Frei Betto foi no ano de 1989, quando entreguei a lista
de livros da escola para o meu pai, que leu a requisição de um
livro da matéria Organização Social e Politica Brasileira – OSPB
de autoria do Frei Betto. Meu pai, então morávamos no Rio de
Janeiro, chamou a minha mãe, falou o nome do Autor e riu.
Óbvio que, com 15
ou 16 anos, não entendi o motivo do riso, de uma criança estudar,
em uma pós-ditadura militar recente, uma matéria que, em que pese
inventada por Jango, foi completamente reformulada no regime militar
e um jovem professor carioca indicou logo o livro de um “terrorista”,
inclusive preso e exilado durante a ditadura. E estudei OSPB no livro
do Frei Betto.
A segunda vez, já
sabendo quem era, vi Frei Betto no Aterro do Flamengo, no ano de
2012, quando foi ovacionado em uma apresentação na Conferência
Rio+20, participando de uma palestra sobre Biodiversidade.
Pois bem, revisitei
Frei Betto neste livro, que pretende expor como o Autor produz, a sua
forma de criação literária e explicita formas de criar de alguns
autores, brasileiros e mundiais. São dicas de como se escrever e os
estilos literários mais variados.
Ainda que não
exponha claramente, penso que são sugestões para escritores pois,
pelo menos para mim, muito do que foi sugerido não funcionaria e nem
teria como funcionar – como o caso de isolamento por quatro ou seis
meses por ano – e os estilos literários não se aplicam.
Mas é um livro
válido, demonstra estilos e dá algumas sugestões, que é bom
conhecer.
Da base.
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