sexta-feira, 21 de maio de 2010

Chiwake

Li em algum lugar que Recife não é uma Capital para iniciantes, mas para iniciados. Cada vez mais vejo que a afirmativa é verdadeira, pois a diversão de Recife somente aparece para as pessoas que pesquisam e correm atrás do que a Cidade tem de bom a oferecer.

É o caso do Chiwake (http://www.chiwake.com.br/, Rua da Hora, 820), um restaurante peruano que mescla o tradicional com influências japonesas, o que denominam de cozinha Nikkei. A mistura é simplesmente fantástica. Aliás, é fantástica, pois o restaurante não tem nada de simples. Ao contrário.

De entrada fui, obviamente, de ceviche, o Ceviche de Nazca (R$ 31,90), que possui peixe, camarão e lula, acompanhados de pepino, tomate-cereja, batata-doce, gergelim, tudo regado com limão e um molho japonês agridoce. Imperdível.


Como prato principal, pedi uma espécie de risoto, que levava vieira, camarão e aspargos, acompanhado de lagosta na manteiga. Madre de Dios é o nome do prato (R$ 64,90). A preta pediu o Arroz Nikkei, que é o arroz frito com camarões, regado com um molho japonês (R$ 47,00). Ambos imperdíveis.


Todos os pratos vêm com uma arrumação e uma plástica perfeita, como se fossem obras de arte, incluindo conchas do mar na decoração, além de peças comestíveis, como no meu prato, que havia alho-poró frito, aliás, igualmente delicioso.

Na sobremesa, por indicação do garçon, cujo serviço é impecável, fomos de Suspiro Limeño, uma mistura de creme de leite e leite condensado, tudo tipicamente peruano.


Há muito não víamos em um restaurante tão bom, que alia a técnica culinária com surpresas e inovações do Chef. Saímos do restaurante com gosto de quero mais e considerando a idéia, mais do que nunca, de conhecer o Peru e Machu Picchu.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

E a nossa Belém?

E por falar em Recife, que estou agora, fico me perguntando "e a nossa Belém?"

Por quê que Belém continua tão suja e violenta? Por quê não podemos andar nas ruas? Por quê as pessoas são tão grosseiras umas com as outras? Por quê o trânsito continua com tanta falta de educação dos motoristas?

Parecem questionamentos piegas, mas quando saímos de Belém, em Capitais que estão se desenvolvendo e com as mesmas condições sociais da Capital da Amazônia, vemos que o desenvolvimento e a qualidade de vida passam pelas respostas das perguntas acima.

Entre Amigos - O Bode

Na entrada, a Preta logo solta: "pensei que era brincadeira um restaurante sofisticado especializado em bode!". Pois'é! e, preconceitos à parte, bode com vinho é muito bom.

Com o ambiente agradável e climatizado, que ameniza o calor nordestino, na entrada, a boa pedida é o tradicional espetinho de camarão com queijo coalho, que por si só já paga a ida ao local.

Como prato principal, existem variados tipos de pratos com bode: pernil de bode, picanha de bode, costela de bode, bode ao molho de vinho tinto, ao molho de hortelã e muitos outros. Os pratos são para duas pessoas, por volta de R$ 50,00, e o pernil de bode, prato que fica durante horas marinando até chegar na mesa, alimenta bem quatro pessoas ao custo de R$ 99,00.

Como não havia na minha mesa boca suficiente para o pernil, pedi o superbode assado (R$ 47,00), pois achei o melhor pedido para os iniciantes na arte culinária deste caprino, considerando que o prato vem sem molho, com a carne macia e, principalmente, sem gordura (ou com muito pouca). Aliás, o bodinho, como carinhosamente chamam os garçons do local, vem sobre uma chapa, com chama embaixo, que não deixa a iguaria esfriar. Como acompanhamentos, não menos deliciosos, estão o feijão verde, o pirão de leite e a paçoca, também de bode, que é um atrativo a parte. Perfeito!


Usei para acompanhar os argentinos Luigi Bosca e o Norton, ambos malbec.

De sobremesa, fomos de cartola, uma mistura de banana, queijo, açúcar e canela.

Quem ainda assim não conseguir deixar o preconceito de lado e encarar o bode, a ida vale pelos petiscos ou mesmo para comer outros pratos, que vão do filé ao bacalhau, ou mesmo para o chopp da Brahma, pois o estabelecimento também funciona como bar.

O atendimento é tipicamente nordestino: garçons alegres e falantes, que fazem de tudo para fazer o cliente se sentir bem.

Saímos satisfeitos e maravilhados por saber que o bode pode ser tão gostoso e servido em uma casa da qualidade da Entre Amigos - O Bode (http://www.entreamigosobode.com.br/), tanto que o restaurante é considerado pela Veja Recife 2.010 como o melhor regional da Cidade.