terça-feira, 29 de novembro de 2011

Smith & Wollensky e The Grill on the Alley, Miami, Flórida, Estados Unidos

Dois restaurantes de Miami que gosto muito são Smith & Wollensky (1 Washington Avenue At South Pointe Park, Miami Beach, FL 33139, (305) 673-2800, http://smithandwollensky.com/sw-miami-beach) e The Grill on the Alley (19501, Biscayne Blvd., Aventura, FL 33180, thegrill.com), ambos franquia e existem em várias cidades dos isteites. Vale a pena conhecer o site.

O primeiro trata-se de um restaurante de carnes, em Miami Beach, com um serviço impecável e uma bela vista para uma marina na qual, mesmo tendo ido pela noite, ainda pude reconhecer com a bela lua. Comida deliciosa, ao estilo argentino, onde se escolhe a carne e o acompanhamento, vindo, como diz a Preta, aquele "bifão".

O local é muito bem decorado, com uma excelente carta de vinhos, com preços para todos os gostos, e o valor que, penso, não condizente com o restaurante, tendo bom custo benefício.

O segundo, The Grill on the Alley, é um verdadeiro oásis no meio da loucura consumidora do shopping Aventura Mall, e feito na medida dos maridos que se cansam, em pouco ou muito tempo, e não conseguem acompanhar a esposa no delírio comprador de Miami.

Meu conselho aos homens: se o destino de compras não tem jeito, convença, como quem não quer nada, a esposa a ir no shopping Aventura Mall. Dê um balão, para não se dizer que está empatando o programa, diga que está cansado e já deu, e corra para as cervejas do The Grill on the Alley. 

Existem vários tipos de cervejas, tiradas como chopp, diferentes e deliciosas.No dia em que fui no local, criei coragem e pedi a "melhor que tinha", com medo do preço, claro. Mas veio uma de US$ 6,25. Cara? é! mas existem outras mais baratas e mesmo esta vale a pena beber uma ou duas, afinal, o uísque nos bares da base é mais caro. Se preferir, também possui uma diversificada adega.

Quanto ao prato, Shrimp ao Pomodoro, delicioso, fez o meu gosto inclusive por sua simplicidade, nada mais que espaguete com grandes camarões ao molho de tomate, custando, para duas pessoas, US$ 39,00, ou US$ 19,50 cada prato montado, comidos no meu local preferido, o balcão, onde pude, quando a Preta estava nas lojas gritando "é meu! é meu! é meu!", papear com os solícitos garçons.

E pensar que somente entrei neste restaurante porque a Cheesecake Factory (19501 Biscayne Blvd.
Aventura, FL 33180, (305) 792-9696, www.thecheesecakefactory.com/), que fica bem ao lado, estava lotada. Aliás, o cheesecake de tiramisú da doceria pode ser uma ótima opção para a sobremesa ou mesmo para beber mais algumas cervejas, aconselhando a esposa a comprar o doce, que possui, geralmente, uma longa fila.
Da base, Belém, Pará.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sobre a vastidão do Estado do Pará


Estou agora a caminho de Juruti, no oeste do Pará. Desde ontem, quando cheguei aqui em Santarém, não consigo parar de pensar na divisão paraense, cujo plebiscito está marcado para o próximo dia 11 de dezembro, até mesmo pelo apelo da população local para a criação do Estado do Tapajós.

Logo chegando, no Hotel Barrudada, vi um mapa do que seria o pretenso Estado, mapa este já intitulado Estado do Tapajós. Uma curiosidade, no mapa estava excluído o Município de Altamira, que está na disputa com Santarém para ser a Capital do, talvez, futuro Estado. Pergunto, com ignorância, será que já estão pensando em separar Altamira, ante a vastidão de seu Estado, maior inclusive que a França, tornando-o independente?




A propósito, o que quero comentar é justamente sobre o vasto território deste Estado e o principal argumento dos separatistas: o Estado é muito grande e, nesta vastidão amazônica, o Estado seria ingovernável. Este é o argumento principal, existem outros.

Chego no terminal hidroviário com alguns companheiros de trabalho. Aparecem alguns madeireiros e logo surge uma discussão acirrada sobre o engessamento da produção madeireira do Estado do Pará, com citações filosóficas, superficiais e nada pragmáticas, como por exemplo a de que o mundo quer a Amazônia intacta e quem paga a conta é o Estado e, principalmente, os nativos que sofrem, pois perdem o seu sustento. Por óbvio, me mantenho afastado, não quero discutir, muito menos, este tema infindável.

Desde logo me impressiono com a lancha que vai para Juruti: toda fechada, com um potente ar condicionado, televisão de plasma e filme hollywoodiano, cadeiras acolchoadas e uma pequena lanchonete, bem equipada.

De fato, é impressionante o tamanho deste Estado. Logo saindo a moderna lancha, os contrastes com a floresta se apresentam no Rio Tapajós. Imensas balsas carregando de uma só vez dezenas de carretas ou mesmo grandes navios, ao mesmo tempo em que pescadores artesanais jogam a rede para conseguir seu sustento, com os seus casquinhos dançando nas ondas produzidas pela lancha.







Dentro da lancha, computadores, iPhones, iMacs, etc., e eu lendo sobre Almodóvar, Picasso e Modigliani, por vezes conectado no facebook, na mais pura tradução da globalização. Quem poderia, há poucos anos, imaginar ler email's olhando as falésias de Óbidos?

Tudo dentro de uma vastidão de, me avisaram agora, cinco ou seis horas de viagem dentro de um rio barrento, primeiramente Tapajós, depois Amazonas, ambos de proporções grandiosas, margeados por floresta por todos os lados, cuja paisagem é tão bela que não consegui me concentrar no livro que lia, voltando os meus olhos o tempo todo para o rio.







Mas, mesmo com toda esta grandiosidade, ainda assim não acho que a solução para o desenvolvimento de um território passe necessariamente pela sua divisão.

Aliás, passei muito tempo em uma capital de Estado bem menor que Santarém e até hoje é menor e não se desenvolveu como os separatistas e, depois, os que propugnavam pela a sua transformação em estado, queriam. Ao contrário, este estado é exemplo de má administração e corrupção na mídia nacional e, pelo que eu ouço e vejo, exemplo de esfacelamento moral e da prática do só-se-dar-bem-sempre. Existem pessoas dignas e honestas, é claro, mas não é isto que está diariamente nos jornais e televisões.

Pois bem, pelo que vi, de um lado temos a globalização, com a internet, equipamentos eletrônicos e acesso à informação com muito mais facilidade que eu tinha quando morava naquele estado, encurtando distâncias e promovendo a integração não apenas ao Estado, mas do mundo. De outro lado algumas experiências, digamos, não muito bem sucedidas, de separação de Estados, como o que eu citei acima e de outros.

Neste momento, converso com um taxista, inconformado com a Prefeitura de Santarém, seu Município, confirmando que o problema não é a distância.

Sigo aliviado, assistindo o mais belo pôr-do-sol que vi, na certeza de que não será a melhor solução tirar esse pôr-do-sol do meu Estado.




De Santarém para Juruti e um pouco na volta, Pará.


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sushi Ruy Barbosa

Hoje não sei se eu vou falar de um restaurante ou de uma peripécia. Aliás esta, a peripécia, começou quando saímos de casa no dia de finados passado, embaixo de chuva, para comer sushi, a pedido da Preta, no sushi Ruy Barbosa. Segundo ela, o melhor sushi de Belém.

Entrando no carro, eu, Preta, Pedro e Conci, que protege o penúltimo, descobrimos logo que não tínhamos guarda-chuva. Nem no carro e nem em casa.

Mas, "vamo que vamo", no início apenas com uma fralda na cabeça do bebê. Chegando no Sushi Ruy Barbosa, a Preta desceu e conseguiu logo que um gentil garçon viesse buscar o Pedro no carro.

Entramos e a chuva era contínua. Nem forte, nem fraca, apenas contínua. Pedimos uma entrada de tempurá de camarão (R$ 35,00), uma caipiroska, que nunca mais tinha tomado, e um cosmopolitan, ao estilo da Preta, quando quer ser chique e falar de sex and the city.

O ambiente é detalhista e minuciosamente decorado. Possui uma pequena aparelhagem para produzir música dançante ao som ambiente. A preta e o Pedro dançaram muito, se divertindo ao som disco.

Os pratos, filhote na crosta de castanha, com um arroz com tucupi, atum na crosta de wasabi com purê de mandioquinha e, acrescento outro, que comi outra vez, o atum semi-grelhado, na crosta de gergelim, tudo delicioso, por volta de R$ 40,00.

E eu, hipinotizado pela chuva, variava o olhar entre o Pedro e a àgua que escorria pelo vidro.

Mas todo este clima agradável foi ajudado sobremaneira pelos solícitos garçons, que não mediram esforços para nos ajudar, inclusive com as necessidades de um bebê de sete meses.

E mais, talvez o melhor, o local seja perfeito para ir em um dia de chuva. É um cubo de vidro, onde a chuva cai, com uma bela mangueira na frente e, no dia, ao som de uma música suave, o Pedro dormia ao embalo dos deuses.




De Santarém para Juruti.

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