terça-feira, 19 de julho de 2011

Benigni, Cinema Paradiso, Malena e Giusepe Tornatore

Não sou nenhum conhecedor de cinema, acho que sequer posso ser considerado um cinéfilo. O fato é que gosto de assistir filmes, sem qualquer critério, apenas assisto a maior quantidade possível e com grande diversificação, hoje, dentro do gosto que adquiri com assistir todas as películas da forma mais eclética possível.

Com essa sede, adquiri com A Vida é Bela, de Benigni, a atração pelo cinema italiano. Este filme, considerado o algoz do nosso Central do Brasil no Oscar de 1998, talvez o nosso mais competitivo filme, foi justamente derrotado pelo italiano na categoria melhor filme estrangeiro. Até hoje recordo o Roberto Benigni, subindo na cadeira da platéia quando anunciaram a premiação, um filme estrangeiro que falava sobre o holocausto, meio comédia, meio drama, que demonstrava o amor de um pai por seu filho, arrasando Hollywood.


Foi daí que eu, contornando a minha geração Star Wars, passei a ter olhos para o cinema italiano. Aliás, dizer aqui que sempre fui fã das películas itálicas soaria uma grande demagogia. Afinal, quem cresceu com Steven Spielberg e James Cameron, não poderia gostar de Giuseppe Tornatore. Mas gosto. Será que tem alguém que não Gosta?

Criei um carinho especial pelo cineasta quando vi a estória daquele garoto, aprendiz de operador  de projetor no pequeno cinema da cidade no interior da Itália, que se torna um grande diretor em Cinema Paradiso (1988), criando um laço de amizade com o velho operador. O filme conquista todos que o assistem, com o inevitável soluço entalado na garganta no fim. 

A música, inesquecível, do gênio Ennio Morricone, está na cabeça de todos, mesmo aqueles que nunca viram o filme, ao ponto de que, tendo comprado um CD com canções de cinema para bebês, para o Pedro, está ao lado da consagrada Moon River, da trilha sonora de Bonequinha de Luxo.


Mas o meu preferido é Malena (2000), também com a trilha de Ennio Morricone, que conta a história de uma mulher, moradora de uma cidade do interior da Itália tomada pelo nazismo, em que o marido foi declarado morto em batalha durante a Segunda Grande Guerra.


A sedução é a tônica do filme, estando Monica Belucci perfeita no papel e mais linda do que em todos os filmes que vi dela, como a verdadeira musa do cinema italiano que é, ao lado de Claudia Cardinalle, Gina Lollobrigida, Sophia Loren , Isabella Rossellini, dentre outras.


Aliás, este comentário, uma vez, gerou uma pontada de ciúme na Preta, sendo esta pontada transferida para mim em forma de beliscão, não sem confessar a vaidade que senti.

Da base, Belém, Pa.

Nenhum comentário: