No banco de trás
borram as luzes dos carros
no molhado da chuva
Solitário
Penso nas pessoas que me cercam
Da mesma forma que o taxista me leva
o valor do taxímetro
é o preço do amigo
No valor da minha confiança
vale a utilidade,
O preço que pago pela companhia
para manter a amizade
Poucas sinceras
Desinteressadas
Que somente com o aumento do preço
A tornam gratuitas e fiéis
Findo o meu poder de pagamento
Quando veem que chego ao meu destino
O taxímetro marca o preço final
E desembarcam da minha vida
Poema escrito em Belém, Dezembro de 2016.
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